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18/06/17

2 Num só corpo.




Os nossos corpos entrelaçam-se
As massas flácidas e húmidas moldam-se
Entre si tornam-se apenas uma única silhueta
O fluido salgado escorre pelas longas estrias
Como redes hidrográficas desorientadas
As rotações bruscas enrolam os lençóis
A base de descanso perde a forma inicial
E volta a ser igual ,confunde a elasticidade
Dos corpos vadios sobre a capa fina
Apenas as nádegas identificam os corpos
O enrolar e desenrolar é feito
A uma rotação  louca
Os finos fios de cabelo solto
invadem o travesseiro
Confunde a origem sexual da pertença
O desequilíbrio circular e longitudinal
Confundo o amor com ódio nas expressões
Há gemidos soltos sem preocupação.
E a massa corporal transformada
Num só corpo que geme de prazer
Como se de um último dia se tratasse 
Poeta001
18/06/2017









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É certo que podemos estar perante o pior momento da Democracia pós 25 de Abril.
Mas não, nunca, deve, ou será, momento para baixar os braços.
Os maiores de ontem são os fracos de hoje, os sérios de ontem, são os corruptos de sempre, e os criminosos cada vez, mais instruídos, mais protegidos, ate as instituições já estão abandalhadas, vem dela essa justiça popular.