25/11/12


CANCRO DA PRÓSTATA (II)

QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO CANCRO DA PRÓSTATA?

A quase totalidade dos casos de cancro da próstata é um carcinoma.

Entre diversas características que se podem encontrar no carcinoma, salienta-se a semelhança que ainda existe, ou não, entre o tumor e a glândula prostática de onde se origina. O grau de semelhança é medido pelo chamado score de Gleason: um Gleason baixo significa que o tumor é mais semelhante à glândula prostática, enquanto um Gleason alto (máximo 10) significa o contrário. A um Gleason baixo corresponde habitualmente um melhor prognóstico.
Outra característica fundamental é medida pelo Estadio da doença, isto é, se a doença se encontra confinada à próstata ou, pelo contrário, se se espalhou a outros órgãos.
O PSA, a idade e o estado geral do doente são ainda factores determinantes da caracterização da doença e, portanto, com consequente implicação terapêutica

COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO DE CANCRO DA PRÓSTATA?

O diagnóstico é estabelecido com base no exame prostático, no PSA e na biópsia prostática. Outros exames poderão ser realizados no caso do médico considerar adequado.

QUE TERAPÊUTICAS SE PODEM USAR NO CANCRO DA PRÓSTATA?

Existem basicamente as seguintes alternativas:

• Cirurgia: prostatectomia, que consiste na ressecção da próstata;
• Radioterapia que inclui duas modalidades:
o Radioterapia externa: aplicação de radiações a partir de uma fonte externa (é a radioterapia mais utilizada na generalidade das situações, que não o cancro da próstata);
o Braquiterapia ou “sementes” como muitas vezes são designados pequenos fragmentos de material emissor de radiações que são introduzidos na própria próstata.
• Hormonoterapia: utilização de agentes farmacológicos que antagonizam o efeito estimulante dos androgénios. Estes são hormonas sexuais masculinas (testosterona) cuja acção leva ao crescimento do cancro da próstata. Antagonizando-se os androgénios consegue-se uma inibição do desenvolvimento do cancro da próstata.
• Quimioterapia: nalgumas situações pode também estar indicado o uso de quimioterapia.

QUAL A TERAPÊUTICA MAIS ADEQUADA?

A indicação da terapêutica mais adequada deverá ser estabelecida pelo médico tendo em conta:

• O tipo de tumor (incluindo o score de Gleason);
• O estadio da doença;
• A idade do doente;
• As preferências do doente, nomeadamente tendo em consideração os possíveis efeitos secundários decorrentes de cada uma das opções terapêuticas e que serão detalhadas pelo médico.

Não esquecer que uma possibilidade terapêutica realista poderá ser, mesmo, a ausência de qualquer terapêutica, como no caso de um doente mais idoso com doença mais limitada e não sintomática.

Fonte: min-saude http://bit.ly/T9mMjkhttp://bit.ly/Wn5m3C

Sem comentários: