A quem entregamos o poder?
A verdade que a democracia
Portuguesa, é ainda muito jovem, mas como diz o velho provérbio é de pequenino
que se torce o pepino, e apesar de jovem já conta com 29 magníficas primaveras,
dai o facto de ter idade para ouvir conselhos dados pelos mais velhos.
Já vem do tempo da Monarquia que
as instituições eram geridas por gente dita importante, pois no entender dos
mais afoitos em conhecimentos, e só porque tinham profissões ditas da alta
sociedade, liberais ou de grande influência junto do poder, média e alta
burguesia por muito limitado que fosse Burguês tinha quase por natureza um
lugar de destaque numa ou noutra direcção ou secretariado num ou de outro
organismo. Depois cai o regime monárquico e as coisas pouco mudaram nesse aspecto,
quem estava perto do poder, dominava, podia, mandava e até se sobrepunha aos
mais elementares direitos do respeito pelo instituto órgão ou direcção para a
qual fora escolhido, entretanto com a queda do regime Salazarista e com a
revolução as coisas mudaram um pouco e a coisa, pensa-se passou a ser mais
democrática embora por uma questão cultural o Pedreiro, Taberneiro, Trolha,
Alfaiate etc. etc. não recebe o poder popular porque ter um canudo dá mais
capacidade, até concordo mas nem sempre, reza a historia os ditos intelectuais
foram as melhores escolhas e hoje mais que nunca todos os dias se verifica que
pessoas que geram os destinos de muitas organizações, mostram uma tal falta de
respeito pelas mesmas que aos mais atentos criam grandes interrogações onde vai
isto parar? Como exemplo refiro apenas alguns, invade-se um pais dizendo que
tem algo que não aparece, invade-se um pais só porque é rico em petróleo, ou
então matam-se milhares de pessoas só porque não concordam com as nossas
ideias, despendem-se trabalhadores só porque a cor politica não é a mesma que a
nossa, empurra-se para fora do barco todos aqueles que de uma ou outra forma
nos incomodam no entanto tudo isto é democracia (ao que parece) entenda-se
democracia, seria, suposto que a quem tal sentido democrático exerce na altura
devida a punição se fizesse sentir ou seja o castigo, mas não candidatam-se e
de novo por comodismo por falta de jeito de preocupação ou por falta de
acompanhamento dos direitos e deveres dos prevaricadores as coisas nada mudam
ao ponto dos ditos se acharem senhores, donos absolutos do instrumento que a
todos pertencem se isto é democracia, e já com 29 anos eu pergunto onde vai
isto parar?
Viva a democracia, viva a
liberdade, mas com respeito se faz favor
Acompanhem o trabalho dos vossos
eleitos e puna-os no momento certo no acto de votar.
Rodrigo
Oliveira
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