Alterações Climáticas e o Desafio do
Desenvolvimento Sustentável
A Crise veio mostrar que mesmo com a
Globalização olhar unicamente para o aspecto económico, descurando tudo o
resto, é um suicídio colectivo, tendo a noção, até aqui esquecida de que tudo
na Terra é esgotável, temos todos que assumir os Princípios inspiradores que
foram a base para criar a ONU pelo que, não pode a mesma, continuar a
funcionar, como se nada mais fizesse do que criticar e à boca pequena, os
atentados que estão a ser feitos ao Planeta, com as já visíveis e por todos
sentidas Alterações Climáticas, tremendas, algumas irreversíveis. Dar um grande
impulso às energias limpas, tais como a eólica - mesmo que tenham que vir a ser
instalados aparelhos de captação de vento também no mar por falta de espaço em
terra -, e no aspecto de energia solar com a instalação de painéis em todos os edifícios
e em todos os locais em cuja captação solar para transformação em energia não
poluente seja possível. Criar uma nova politica agrícola mundial dando proteção
aos pequenos agricultores e não permitindo que os intermediários tenham
elevados rendimentos sendo quem menos contribuiu para a produção agrícola. O
uso e abuso de energias da forma que pelos países ricos até aqui tem sida
feita, provocou graves alterações climáticas. Talvez já não sendo possível
retroceder em tudo que de desatino foi feito olhando só ao aspecto económico,
está chegada a altura, de dar passos atrás. Assim, poluir o Planeta, como tem
sido feito, implicará virar-se o Clima contra todos e cada um de nós. Saber
implementar medidas que por todos possam ser cumpridas no dia-a-dia poupando o
que a natureza ainda nos dá. Reutilizar tudo o que possa ser reutilizável.
Evitar o desperdício. Aumentar o consumo mundial, não o fazendo unicamente para
dar ainda mais bem-estar a quem já o tem, mas espalhando esse bem-estar
massivamente, de forma civilizada, sabendo-se que o desperdício é inútil. Que
não é criando toneladas de lixo, que ainda mais poluem a Terra, que se pode
estar-bem. Poupar, para melhor gastar, apostar em tudo o que seja renovável.
Não assumir o desperdício com tanta normalidade, não assumir que tudo é
descartável. Fazer crescer tudo e todos neste Planeta, mas com cuidado, com
progresso, com método, e essencialmente com um olhar "obsessivo" para
não destruir o próprio Planeta. Inverter o que é ainda possível fazer. Tornar a
ser possível haver distinção entre estações do ano, e não a confusão a que chegamos!
Dar já o exemplo em medidas locais anti poluidoras, Pequim passar a ser uma
cidade respirável, em que todos tendo direito ao seu bem-estar, antes de tudo
piorar, não trocarem mais bicicletas por carros, não colocarem mais empresas
poluidoras em torno da cidade, despoluírem. EUA, JAPÃO, RUSSIA, CANADÁ não
usarem os mesmos sistemas poluidores até aqui utilizados. Reutilizar tudo o que
possa ser reutilizável. Parece que tudo, afinal, não esteja assim tão mal, mas
está, e as perspectivas são muito desconfortáveis, a nível global para 2025,
não é assim tão longe, e poderá haver menos água potável, menos comida, menos
terras de cultivo, menos gado. Hoje já estamos a notar o desaparecimento de
várias espécies “vivas” desde animais a vegetais, pelo que a Crise, será uma
oportunidade de tudo repensar, e introduzir não só medidas económicas
diferentes, com uma forte vertente humana e social, mas também ter em atenção
as alterações climáticas, para termos o tal Futuro Sustentável, de que tanto se
fala, e para o qual tão pouco se faz.
Rodrigo Oliveira
Sem comentários:
Enviar um comentário