MP pede condenação de bombeiros
Publicado em
2005-03-16
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O tribunal de Amarante,
marcou para 1 de Abril a leitura da sentença a dois bombeiros voluntários
alegadamente implicados no roubo de uma determinada quantia de ouro e de
lingerie, durante as operações de socorro a um acidente de viação, no IP4, em
2002.
Nas alegações, o
Ministério Publico (MP) pediu à juiza a condenação dos dois bombeiros de
Amarante o ex-comandante João Fernando Mendes, pela autoria moral de furto
qualificado, e o mecânico Fausto Pereira, pela autoria material de crime de
receptação.
A magistrada do MP
conclui, pelo depoimento testemunhal, que "apesar" da prova produzida
"ser exígua", porque "ninguém viu, ninguém presenciou" o
crime, considerou que "não se deve fazer tábua rasa" do depoimento do
arguido Fausto Pereira (mecânico dos bombeiros), quando afirmou que o
comandante lhe entregou o ouro que teria sido encontrado no acidente. "Foi
uma troca de favores", acrescentou a magistrada do MP, para quem o arguido
Fausto "sabia da proveniência ilícita do ouro e só fez a denuncia mais
tarde".
A defesa dos arguidos
pediu a absolvição dos respectivos clientes, sacudindo a responsabilidade dos
eventuais ilícitos para o "parceiro" do banco dos réus o advogado do
comandante argumentou com "uma maquinação" entre o mecânico e o presidente
dos bombeiros para afastar João Fernando do comando; já a defesa de Fausto
Pereira refutou a responsabilidade do seu cliente no caso, porque "só um
louco é que se meteria na boca do leão", disse, aludindo à denúncia do
caso por parte do seu cliente.
Já a advogada da vendedora
ambulante de ouro e de lingerie argumentou que os dois arguidos devem ser
condenados criminalmente e solidariamente a pagar a indemnização à ofendida,
Ana Santos, que reclama cerca de 12500 euros pelo valor do roubo. António
Orlando
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